segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Evento em SP, encontro do Matando Robôs Gigantes com o Rapaduracast pela Fantasy - Casa da Palavra / Entrevista com Affonso Solano, Carolina Munhoz e Raphael Draccon


Bom pessoal, recentemente eu tive o prazer de ir a um evento aqui em São Paulo, que é feito anualmente, encontrando dois dos maiores sites de podcasts (para quem não sabe, podcast é um tipo de transmissão de áudio feito pela internet com discussões dos mais variados assuntos, nesse caso, os assuntos em geral são ligados à cultura pop, cultura geek, literatura e jogos) do Brasil: A Matando Robôs Gigantes e o Rapaduracast. Neste evento eu tive o prazer de conhecer grandes nomes da disseminação da literatura fantástica no Brasil, da cultura nerd que anda se alastrando pelo mundo nos últimos anos, e os responsáveis por trazer uma nova forma de entretenimento, que basicamente abrange e cria uma classe social do século XXI. Sendo pioneira nessa mentalidade muito específica e linguagem própria, não conotaria de tribo, mas sem dúvida não se encaixa em nenhum molde pré-concebido.
Bem, após a pequena palestra para a noite de lançamento do livro do meu grande amigo Fabio M. Barreto, e a noite de autógrafos, eu tive o imenso prazer de fazer uma pequena entrevista à três dos que estão entre os nomes que eu mais admiro nesse expoente de cultura nerd contemporânea brasileira. Um deles, Affonso Solano, o criador do Matando Robôs Gigantes, estava em seu pré-lançamento do livro Espadachim de Carvão, e aproveitei o momento em que fui pedir pelo autógrafo em meu exemplar do Filhos do Fim do Mundo para lhe fazer a breve pergunta. Depois consegui me aproximar de dois dos meus escritores favoritos no cenário de fantasia brasileira. Raphael Draccon e Carolina Munhoz. Os dois grandes escritores, vencedores de prêmios e destaques indubitáveis na chamada Geração Subzero, como foram popularmente conotados esses novos contadores de história que se preocupam muito mais com o prazer da leitura e com o entretenimento, com que os padrões de qualidade estipulados por uma crítica ácida e elitista, me deram uns minutos de atenção para responder também à duas pequenas perguntas de muita valia para quem se interesse com o mundo literário, ou pretende se aventurar nesse universo editorial. Enfim, vamos lá.

...

Eu: Affonso, tente definir em poucas palavras o que, pra você, é o ato de escrever?
Affonso Solano: Hm, o ato de escrever? Me pegou nessa pergunta ein (risos). Creio que o ato de escrever é uma forma de colocar você no papel.
Eu: Muito obrigado pela atenção.
Affonso: Que isso, estamos sempre ai.

De fato, uma resposta simples, mas com um significado tremendo. Basta pensar em tudo o que há dentro de nós, todos os nossos sonhos e aspirações, todas as nossas vontades e ideias, e simplesmente passamos para o papel. É quase como pintar um auto-retrato de nossa alma, que será usada por outras pessoas como entretenimento, metaforizando as lições que elas retirarão para suas próprias vidas.

Eu: Carolina, você poderia definir em poucas palavras o que, pra você, é o ato de escrever?
Carolina Munhoz: Bom, eu acho que o ato de escrever, basicamente é poder entrar em um mundo só seu e viver em plenitude.
Eu: Muito bom. E assim, se você pudesse deixar uma dica para quem pretende se aventurar nesse novo mercado literário brasileiro, até mesmo como escritor de fantasia, o que você falaria?
Carolina Munhoz: Hoje em dia, com essa facilidade tão grande para se comunicar com quase qualquer pessoa, eu diria para que usassem as redes sociais da forma mais inteligente a possível.
Eu: Muito obrigado pela atenção.
Carolina Munhoz: Eu que agradeço.
Eu: Logo, logo estarei com a resenha do livro de vocês no blog, viu?
Carolina Munhoz: (risos) Ah, que lindo, quando tiver postado você me manda tá?
Eu: Pode deixar!

A Carolina é muito simpática pessoalmente, e com todo respeito ao nosso amigo Raphael, é de arrancar suspiros de qualquer um, haha. Ela falou algo muito importante, muito mesmo, que é o bom uso das redes sociais hoje em dia. Com o advento da internet, e o crescimento exponencial do uso dessas redes, ficou muito, mais muito mais fácil conhecer as pessoas, estar perto de quem entende do assunto, e não me aplico somente e exclusivamente ao mundo editorial/literário, mas sim à qualquer esfera, e sem dúvida conhecer as pessoas certas nos dá alternativas enormes para alcançarmos os resultados e os lugares que queremos alcançar. Como exemplo disso, eu conheci pelo Facebook o escritor Fabio M. Barreto antes do lançamento de seu livro, e conheci também a Carolina e o Raphael, principalmente após um sonho maluco que me rendeu o apelido dado por ele de "João Van Dame". Não é pra qualquer um não amigo, haha.

Eu: Raphael, você poderia me dizer como define o ato de escrever?
Raphael Draccon: Bom, as pessoas dizem que escrever é dez por cento inspiração, e noventa por cento expiração. Porque nós temos que colocar pra fora tudo aquilo que sentimos, pensamos, idealizamos. Temos que ter sempre uma meta bem definida, bem clara. Como o Bruce Lee dizia, se ele não fizesse aquilo que ama, ele não poderia fazer nada mais. Creio que escrever é uma necessidade, e o objetivo sempre uma missão. Escrevemos por amor, e por aquilo que nos move.
Eu: Muito legal mesmo! Agora me diga, se você pudesse deixar uma dica para os novos escritores que pretendem se aventurar nesse novo mercado editorial e literário brasileiro hoje dia?
Raphael Draccon: Olha, uma das coisas mais importantes é a postura. Não precisa ser profissional para se ter uma postura profissional, ter uma regra e rotina básica de escrita diária. Mas também não adianta escrever muito e entrar na mesmice. Tem que fazer algo que te faça se destacar no meio da multidão de escritores que já têm por ai. Deve-se contar uma história que realmente valha a pena ser contada, e colocar nela tudo o que você tem. Além de, é claro, usar as redes sociais. Não tem melhor forma de ganhar destaque do que com elas.
Eu: Muito obrigado mesmo pela atenção! Admiro muito seu trabalho.
Raphael Draccon: Eu é que agradeço a presença. Parabéns também pelo seu trabalho, e continue com os seus sonhos. Estamos sempre ai.

Bom galera, pelo que viram, o Raphael é um cara com bagagem nesse universo. Só a presença dele já era pressionadora, não de uma forma ruim, mas você conseguia ver que ele refletia todo o conhecimento e firmeza no que dizia. Gostei muito de ter falado com ele, é um dos meus escritores favoritos, é como ver um ídolo que você tem há muito tempo. Não sei se todos sabem, mas ele se inspirou no Bruce Lee quando pequeno, prometendo que quando crescesse seria escritor, cineasta e lutador, e conseguiu alcançar tudo isso. À base de muito empenho e determinação é claro. Suas dicas são muito auto-explicativas, e com certeza de grande valia, ainda mais vindas de quem veio. Espero que saibam usar da melhor maneira a possível, e que tenham gostado desse meu post de apresentação. Logo venho com mais novidades. Valeu!

Nenhum comentário:

Postar um comentário